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Baile de Máscaras

 

 

 

O termo "Baile de Máscaras"; tem origem na cultura europeia e remonta ao Renascimento, especialmente à Itália do século XVI. Durante esse período, os bailes de máscaras eram eventos sociais e festivos nos quais os participantes usavam máscaras elaboradas para ocultar suas identidades.


Esses bailes eram populares durante o Carnaval, uma temporada de celebrações antes da Quaresma. O uso de máscaras permitia que as pessoas se misturassem anonimamente, transcendendo as barreiras sociais e permitindo uma interação mais livre e lúdica. A ideia de esconder a identidade acrescentava um elemento de mistério e fantasia às festividades.


A exposição de mesmo nome, da artista Thereza Salazar, com curadoria de Renato de Cara, apresenta um potente conjunto de obras que se colocam como se estivesse acontecendo uma grande festa na galeria.
A artista possui uma experiência e um domínio técnicos exemplares, e sempre é motivo de alegria constatar o uso tão consciente e bem resolvido nas propostas apresentadas.


Há obras que apresentam imagens de máscaras e outras que podem ser interativas, como o Jogo da Velha que mistura os quatro elementos e nos provoca o pensar sobre que misturas estamos fazendo com o mundo à nossa volta.


A obra de Thereza emerge do desenho e de uma profunda conversa com as artes gráficas, o design, que são utilizados com rigor para uma experiência estética plena. Toda a iconografia da artista dialoga com uma reflexão profunda sobre a espiritualidade e quais os diferentes caminhos que a humanidade tem trilhado para dar conta desse campo que existe não existindo na perspectiva da materialidade.


As máscaras, os insetos, os conjuntos de grafias e símbolos se propõem como uma cartografia e uma caligrafia únicas. Pela caligrafia imagética a artista escreve quase pictogramas individuais, que constroem uma narrativa poderosa.

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Pode o inseto, com sua vida efêmera, nos dizer algo sobre a jornada da alma?
Como um desdobramento, esse conjunto de obras exposto ao mesmo tempo oferece um percurso, e torna-se um grande mapa, quase uma constelação que se projeta para além do espaço onde está, construindo em cada um de nós um novo rumo.

 


Nilo Almeida  - curador

 

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